Descrição
Uma das modalidades mais conhecidas no mundo, o basquetebol em cadeira de rodas é praticado por atletas de ambos os sexos, que tenham alguma deficiência físico-motora, sob as regras adaptadas da Federação Internacional de Basquete em Cadeira de Rodas (IWBF). A principal diferença está na composição das equipes. As cadeiras são especiais com adaptações e medidas padrões que são previstas na regra. A cada dois toques na cadeira, o jogador deve quicar, passar ou arremessar a bola. As dimensões da quadra e altura da cesta são as mesmas do basquete olímpico.
Classificação funcional
Cada atleta é classificado de acordo com seu comprometimento físico-motor e a escala obedece aos números 1, 2, 3, 4 e 4,5. Com objetivo de facilitar a classificação e participação daqueles atletas que apresentam qualidades de uma e outra classe distinta, os chamados casos limítrofes, foram criadas quatro classes intermediárias: 1,5; 2,5; 3,5. O número máximo de pontuação em quadra não pode ultrapassar 14 e vale a regra de quanto maior a deficiência, menor a classe.
Histórico
Já em 1945, quando o esporte paraolímpico dava seus primeiros passos, o basquete em cadeira de rodas começou a ser praticado nos Estados Unidos. Os jogadores eram, basicamente, ex-soldados do exército estadunidense, feridos durante a 2ª Guerra Mundial. A modalidade é uma das mais tradicionais. Prova disso é que esteve presente em todas as edições dos Jogos Paraolímpicos. Também é um dos esportes que mais atraem público. Em Barcelona-92, por exemplo, milhares de pessoas ficaram de fora do ginásio onde era disputada a final. As mulheres vieram a disputar sua primeira Paraolimpíada apenas em Tel Aviv-68.
O basquete em cadeira de rodas foi a primeira modalidade paraolímpica a ser praticada no Brasil. Sua introdução no País começou em 1957, mas só foi concretizada no ano seguinte. Sérgio Seraphin Del Grande é um dos principais responsáveis por estes primeiros passos Foi neste ano que o time Pan Am Jets, dos Estados Unidos, em jogos de exibição, lotou ginásios no Rio de Janeiro e em São Paulo. Nada menos que 15 mil e 25 mil espectadores, respectivamente, prestigiaram os Jets. No ano seguinte, foram criadas as primeiras entidades paraolímpicas do Brasil no Eixo Rio-São Paulo.
Outro importante ano para a modalidade foi 1978, quando a Cidade Maravilhosa sediou os VI Jogos Pan-Americanos (apenas atletas cadeirantes participaram). Dois anos depois, na Paraolimpíada de Arnhem, o País foi representado no esporte. Em 1994, o Rio de Janeiro recebeu a I Copa Sul-americana, torneio no qual o Brasil perdeu para a Argentina. Os II Jogos Parapan-americanos, em Mar Del Plata, 2003, marcaram a primeira vez que a seleção nacional conseguiu, em quadra, uma vaga para os Jogos Paraolímpicos – no caso, Atenas-2004. Este feito comprovou a evolução pela qual passa o basquete em cadeira de rodas brasileiro, que disputa de igual para igual com qualquer equipe do planeta.
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