segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Adeus, Pequim-2008. Bem-vinda, Londres-2012


Os tambores abriram os Jogos, os tambores encerraram. De todos os tipos, cores e formatos, o instrumento, identificado à cultura milenar chinesa, ecoou pelo Ninho de Pássaro para avisar ao mundo que a Olimpíada de Pequim chegara ao fim.

Ser sede de Jogos Olímpicos significa estar na vitrine do mundo, e a China aproveitou o fato para afirmar sua pujança econômica sem renunciar às suas tradições. O lado hi-tech da China capitalista se juntou à velhos hábitos orientais durante a parte artística do espetáculo.

A entrada dos atletas na pista foi ao estilo dos anéis olímpicos: uns entrelaçados aos outros. Não houve separação entre os países e foi possível notar russos, vietnamitas, etíopes e brasileiros caminhando lado a lado.

Após o cerimonial de praxe, com entrada de voluntários, discursos de autoridades, agradecimentos e exaltações, veio o 'módulo britânico' da cerimônia, um capítulo da festa em que Londres, cidade-anfitriã dos Jogos de 2012, se apresenta ao universo e abre a contagem para um novo ciclo olímpico.

O famoso ônibus vermelho de dois andares pediu passagem. Em meio a um balé que simbolizava a vida urbana, o veículo se abriu em pedaços, transformando-se em uma alegoria em forma de castelo. Ao som de 'Whole Lotta Love', clássico do Led Zeppelin, cantado por Leona Lewis com o auxílio luxuoso da guitarra de Jimmy Page, o jogador de futebol David Beckham surgiu chutando bolas para todos os lados. Os chineses gostaram.

Quando a chama olímpica apagou, um novo encontro entre a tradição e o contemporâneo: novos cantores dividiram o palco a nomes da música erudita, dentre eles, o tenor espanhol Plácido Domingo. Fim de festa, fogos iluminaram o céu no Ninho de Pássaro. O esporte tem novo encontro marcado para daqui a quatro anos. Hello, London!.

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